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Dia Nacional de Combate à Poliomielite reforça importância da vacinação infantil

Dia Nacional de Combate à Poliomielite reforça importância da vacinação infantil / Fonte: Portal NP+

No calendário da saúde pública, o Dia Nacional de Combate à Poliomielite, celebrado em 24 de outubro, é um ótimo lembrete: o vírus pode ter desaparecido dos noticiários, mas ainda não do mapa. Em um mundo tão conectado, basta uma queda nas coberturas vacinais para que doenças erradicadas voltem a cruzar fronteiras — e a pólio é uma das mais traiçoeiras.

A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, já causou epidemias devastadoras e deixou marcas profundas em milhares de famílias. Porém, graças às vacinas, o Brasil não registra casos autóctones desde 1989. Mas, com o avanço da desinformação e o relaxamento das campanhas, o alerta voltou a soar.

Mais do que uma data no calendário, o dia de hoje é um chamado à consciência coletiva. Vacinar é um ato simples, mas que protege gerações inteiras. E é por isso que entender como a pólio age, quem deve se vacinar e o que podemos fazer, juntos, para manter essa doença longe, é tão urgente quanto essencial.

O que é poliomielite e por que ela ainda importa?

A poliomielite — também chamada de paralisia infantil — é uma doença viral aguda causada pelos poliovírus tipo 1, 2 e 3. O vírus entra no corpo pela boca, multiplica-se no intestino e, em casos graves, atinge a medula espinhal, podendo causar paralisia permanente.

Mesmo com o Brasil livre de casos há mais de três décadas, o risco ainda existe. O vírus continua circulando em alguns países e pode viajar com pessoas não vacinadas. Um simples descuido na cobertura vacinal já seria suficiente para permitir seu retorno.

As crianças menores de cinco anos são as mais vulneráveis, mas adultos sem imunização também podem ser infectados. Por isso, o combate à pólio não é passado — é presente. Vacinar continua sendo o jeito mais eficaz e seguro de manter o vírus fora da nossa realidade. Afinal, ninguém quer reviver um problema que a ciência já resolveu.

Como a poliomielite se transmite e quais são os sinais que os pais devem observar?

A transmissão acontece, principalmente, pela via fecal-oral, ou seja, por contato com fezes contaminadas. Pode ocorrer através da água, alimentos ou superfícies que não foram bem higienizados. Em casos mais raros, a transmissão também pode se dar pelas gotículas de saliva, quando alguém infectado tosse ou espirra.

Os sintomas iniciais da pólio são discretos: febre baixa, dor de cabeça, náusea, fadiga e rigidez no pescoço. Assim, muitos pais acham que é apenas uma virose comum. No entanto, em algumas pessoas, o vírus avança e causa fraqueza muscular repentina, principalmente nas pernas, podendo levar à paralisia.

O ponto de atenção é simples: se uma criança está vacinada, o risco de evolução grave é praticamente nulo. Mas, se não estiver, qualquer febre com sensação de fraqueza ou dificuldade para andar deve ser motivo para procurar atendimento médico. Higiene e vacina, essa dupla é infalível.

Quem deve tomar a vacina e qual é o calendário atual no Brasil?

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) define o calendário vacinal contra a pólio da seguinte forma:

  • 1ª dose (VIP): aos 2 meses de idade;
  • 2ª dose (VIP): aos 4 meses;
  • 3ª dose (VIP): aos 6 meses;
  • Reforços (VOP ou VIP): aos 15 meses e aos 4 anos.

Desde 2024, o Brasil adotou exclusivamente a versão inativada (VIP), aplicada por injeção, o que aumentou ainda mais a segurança. Sendo assim, as crianças menores de cinco anos devem receber todas as doses e participar das campanhas nacionais, mesmo que o cartão de vacina já esteja completo — os reforços ajudam a manter a imunidade da comunidade em alta.

Aos pais, vale o lembrete: revisar a caderneta de vacinação é uma das formas mais eficazes de cuidar da saúde dos filhos. E, convenhamos, é um gesto bem mais simples que lidar com as consequências de uma doença evitável.

A vacina contra a pólio é segura? Quais são os efeitos colaterais mais comuns?

Sim, é segura e altamente eficaz. Os efeitos colaterais mais comuns são leves e passageiros: dor ou vermelhidão no local da aplicação, e, às vezes, febre baixa ou irritabilidade. Tudo isso desaparece em poucos dias.

A vacina passa por rigorosos testes de segurança antes de chegar aos postos de saúde, e o controle de qualidade é constante. A saber, casos de reações mais fortes são extremamente raros — e os benefícios superam em muito qualquer risco.

Aos pais que ainda sentem medo, vale lembrar: o vírus da pólio pode causar paralisia para toda a vida, já a vacina, no máximo, causa um chorinho breve e um curativo colorido. É um pequeno incômodo em troca de uma proteção imensa.

Por que a vacinação continua sendo necessária se a pólio quase desapareceu?

Porque quase desapareceu não significa acabou. O vírus ainda circula em países da Ásia e da África e, com as viagens internacionais, ele pode ser reintroduzido em regiões com baixa imunização. A proteção coletiva — chamada de imunidade de rebanho — só é eficaz quando pelo menos 95% das crianças estão vacinadas. Dessa forma, se esse número cai, abrem-se brechas para o vírus voltar.

É como um muro de proteção, ou seja, se alguns tijolos saem do lugar, toda a estrutura fica vulnerável. Por isso, mesmo quem acha que “não precisa mais” vacinar contribui, sem perceber, para o risco aumentar. A melhor notícia é que manter o vírus longe é fácil, já que basta seguir o calendário e não pular as campanhas.

Onde e quando vacinar em Wenceslau Braz?

Em Wenceslau Braz, a vacinação contra a poliomielite é oferecida gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBS) durante todo o ano, com reforço nas campanhas nacionais.

Para vacinar, leve a caderneta de vacinação da criança, documento de identidade e, se tiver, o cartão do SUS. A equipe de enfermagem confere as doses anteriores e aplica o reforço necessário.

Em campanhas, costuma haver o Dia D, com horário estendido e atividades especiais para o público infantil, um ótimo momento para atualizar vacinas atrasadas. E, em caso de dúvida, basta procurar o posto mais próximo ou acompanhar as redes oficiais da Prefeitura de Wenceslau Braz e do Portal NP+, que sempre divulgam as datas das campanhas.

Como a comunidade pode ajudar a aumentar a cobertura vacinal?

Vacinação é um ato coletivo, e a boa notícia é que todos podem ajudar. Dessa forma, fale sobre o tema nas rodas de conversa, nos grupos de WhatsApp da escola ou da igreja. Pergunte, com carinho, se os filhos dos amigos já estão vacinados.

Compartilhar informações confiáveis, de fontes como o Ministério da Saúde ou a Secretaria Municipal de Saúde, é um gesto simples que combate a desinformação. Assim, professores, líderes comunitários e até comerciantes locais podem reforçar o recado em murais, redes sociais ou eventos.

Afinal, quanto mais gente lembrar, mais gente protege. E lembre-se: vacinar não é só uma escolha individual, é um compromisso com a saúde de todos. É como dar um abraço invisível na nossa cidade — um gesto pequeno que tem um poder enorme.

Conclusão

O Dia Nacional de Combate à Poliomielite é mais do que uma data de conscientização: é um convite para olharmos com responsabilidade para o futuro. A pólio pode até parecer coisa do passado, mas a prevenção é o que garante que ela continue assim.

Em tempos de fake news e distrações, manter o cartão de vacinação em dia é um ato de amor, empatia e cidadania. Afinal, cada dose aplicada é uma promessa de que nossas crianças crescerão sem o medo da paralisia infantil.

Então, se ainda falta alguma gotinha — ou uma picadinha —, não deixe para depois. Vá até o posto, atualize a caderneta e ajude Wenceslau Braz a continuar livre da pólio. 💉✨

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